quinta-feira, 2 de outubro de 2008

LYGIA CLARK

"Penso que o meu caminhar é maravilhoso, pois agora já não sei o que vem antes, se é a arte em forma de proposições ou a vida que, de repente, se despenca dentro de mim e me traz esse estado de supersensibilidade!”
Lygia Clark, 22.1.1970



Lygia Clark (Belo Horizonte, 1920 – Rio de Janeiro, 1988) inicia seus estudos artísticos em 1947, no Rio de Janeiro, sob a orientação de Roberto Burle Marx e Zélia Salgado. Em 1950, Clark viaja a Paris, onde estuda com Arpad Szènes, Dobrinsky e Léger. A artista dedica-se ao estudo de escadas e desenhos de seus filhos, assim como realiza os seus primeiros óleos. Após sua primeira exposição individual, no Institut Endoplastique, em Paris, no ano de 1952, a artista retorna ao Rio de Janeiro e expõe no Ministério da Educação e Cultura.

Lygia Clark é uma das fundadoras do Grupo Frente, em 1954: dedicando-se ao estudo do espaço e da materialidade do ritmo, ela se une a Décio Vieira, Rubem Ludolf, Abraham Palatnik, João José da Costa, entre outros, e apresenta as suas “Superfícies Moduladas, 1952-57” e “Planos em Superfície Modulada, 1956-58”. Estas séries caminhavam para longe do espaço claustrofóbico da moldura, queriam estar livres. É aquilo que Lygia queria como linha-luz, como módulo construtor do plano. Cada figura geométrica projeta-se para além dos limites do suporte, ampliando a extensão de suas áreas. Lygia ainda participa, em 1954, com a série “Composições”, da Bienal de Veneza – fato que se repetirá, em 1968, quando é convidada a expor, em sala especial, toda a sua trajetória artística até aquele momento.

Em 1959, integra a I Exposição de Arte Neoconcreta, assinando o Manifesto Neoconcreto, ao lado de Amílcar de Castro, Ferreira Gullar, Franz Weissmann, Lygia Pape, Reynaldo Jardim e Theon Spanudis. Clark propõe com a sua obra, que a pintura não se sustenta mais em seu suporte tradicional. Procura novos vôos. Nas “Unidades, 1959”, moldura e “espaço pictórico” se confundem, um invadindo o outro, quando Clark pinta a moldura da cor da tela. É o que a artista chama de “linha orgânica”, em 1954: não é uma pintura fechada nela mesma; a superfície se expande igualmente sobre a tela, separando um espaço, se reunindo nele e se sustentando como um todo.

As obras querem ganhar o espaço. O trabalho com a pintura resulta na construção do novo suporte para o objeto. Destas novas proposições nascem os “Casulos, 1959”. Feitos em metal, o material permite que o plano seja dobrado, assumindo uma busca da tridimensionalidade pelo plano, deixando-o mais próximo do próprio espaço do mundo. Em 1960, Lygia cria a série “Bichos”: esculturas, feitas em alumínio, possuidoras de dobradiças, que promovem a articulação das diferentes partes que compõem o seu “corpo”. O espectador, agora transformando em participador, é convidado a descobrir as inúmeras formas que esta estrutura aberta oferece. Com esta série, Clark torna-se uma das pioneiras na arte participativa mundial. Em 1961, ganha o prêmio de melhor escultura nacional na VI Bienal de São Paulo, com os “Bichos”.

A experiência com a maleabilidade de materiais duros converte-se em material flexível. Lygia Clark chega à matéria mole: deixa de lado a matéria dura (a madeira), passa pelo metal flexível dos “Bichos” e chega à borracha na “Obra Mole, 1964”. A transferência de poder, do artista para o propositor, tem um novo limite em “Caminhando, 1963”. Cortar a fita significava, além da questão da “poética da transferência”, desligar-se da tradição da arte concreta, já que a “Unidade Tripartida, 1948-49”, de Max Bill, ícone da herança construtivista no Brasil, era constituída simbolicamente por uma fita de Moebius. Esta fita distorcida na “Obra Mole” agora é recortada no “Caminhando”. Era uma situação limite e o início claro de num novo paradigma nas Artes Visuais brasileiras. O objeto não estava mais fora do corpo, mas era o próprio “corpo” que interessava a Lygia.

A trajetória de Lygia Clark faz dela uma artista atemporal e sem um lugar muito bem definido dentro da História da Arte. Tanto ela quanto sua obra fogem de categorias ou situações em que podemos facilmente embalar; Lygia estabelece um vínculo com a vida, e podemos observar este novo estado nos seus "Objetos sensoriais, 1966-1968”: a proposta de utilizar objetos do nosso cotidiano (água, conchas, borracha, sementes), já aponta no trabalho de Lygia, por exemplo, uma intenção de desvincular o lugar do espectador dentro da instituição de Arte, e aproximá-lo de um estado, onde o mundo se molda, passa a ser constante transformação.

Em 1968 apresenta, pela primeira vez, no MAM-RJ, "A casa é o corpo", uma instalação de oito metros, que permite a passagem das pessoas por seu interior, para que elas tenham a sensação de penetração, ovulação, germinação e expulsão do ser vivo. Nesse mesmo ano, Lygia muda-se para Paris. O corpo dessexualizado é apresentado na série “roupa-corpo-roupa: O Eu e o Tu, 1967”. Um homem e uma mulher vestem pesados uniformes de tecido plastificado: o homem, veste o macacão da mulher; e ela, o do homem. Tateando um ao outro, são encontradas cavidades. Aberturas, na forma de fecho ecler, que possibilitam a exploração tátil, o reconhecimento do corpo: “os fechos são para mim como cicatrizes do próprio corpo”, diria a artista, no seu diário.

Em 1972, é convidada a ministrar um curso sobre comunicação gestual na Sorbonne. Suas aulas eram verdadeiras experiências coletivas apoiadas na manipulação dos sentidos, transformando estes jovens em objetos de suas próprias sensações. São dessa época as proposições “Arquiteturas biológicas, 1969", “Rede de elástico, 1973", “Baba antropofágica, 1973" e “Relaxação, 1974". Tratam de integrar arte e vida, incorporando a criatividade do outro e dando ao propositor o suporte para que se exprima. Em 1976, Lygia Clark volta definitivamente ao Rio de Janeiro. Abandona, então, as experiências com grupos e inicia uma nova fase com fins terapêuticos, com uma abordagem individual para cada pessoa, usando os “Objetos relacionais": na dualidade destes objetos (leves/pesados, moles/duros, cheios/vazios), Lygia trabalha o “arquivo de memórias” dos seus pacientes, os seus medos e fragilidades, através do sensorial. Ela não se limita apenas ao campo estético, mas sobretudo ao atravessamento de territórios da Arte. Lygia Clark desloca-se para fora do sistema do qual a arte é parte integrante, porque sua atitude incorpora, acima de tudo, um exercício para a vida. Como afirma Lygia:
“Se a pessoa, depois de fizer essa série de coisas que eu dou, se ela consegue viver de uma maneira mais livre, usar o corpo de uma maneira mais sensual, se expressar melhor, amar melhor, comer melhor, isso no fundo me interessa muito mais como resultado do que a própria coisa em si que eu proponho a vocês” (Cf. O Mundo de Lygia Clark,1973, filme dirigido por Eduardo Clark, PLUG Produções).
Em 1981, Lygia diminui paulatinamente o ritmo de suas atividades. Em 1983 é publicado, numa edição limitada de 24 exemplares, o “Livro Obra", uma verdadeira obra aberta que acompanha, por meio de textos escritos pela própria artista e de estruturas manipuláveis, a trajetória da obra de Lygia desde as suas primeiras criações até o final de sua fase neoconcreta. Em 1986, realiza-se, no Paço Imperial do Rio de Janeiro, o IX Salão de Artes Plásticas, com uma sala especial dedicada a Hélio Oiticica e Lygia Clark. A exposição constitui a única grande retrospectiva dedicada a Lygia Clark ainda em atividade artística. Em abril de 1988, Lygia Clark falece.
Muitas são as inquietações provocadas pela obra de Lygia, porém não só de obras plásticas se constitui a sua trajetória – muitos são seus estudos, tanto plásticos quanto literários, e muitas são as reverberações de suas obras, tais como: exposições, teses e críticas produzidas em diversos pontos do mundo.

Assim, é para catalogar a obra completa da artista e organizar um cadastro dessas obras e de todo o material documental referente a elas, que se faz presente a parte de Pesquisa da Associação Cultural. Todo este acervo, constituído de imagens e textos, é organizado de tal forma que possa facilitar o estudo sobre Lygia Clark.

Organizada em um banco de dados que ainda não está disponibilizado na forma on-line, a Pesquisa está aberta a interessados através de agendamento por e-mail pesquisa@lygiaclark.org.br da Associação Cultural.
Uma trajetória artística imbricada no conceito de arte e vida, não poderia ser condensada em um estilo ou um conceito arcaico; a obra de Lygia Clark reverbera múltiplas questões e proposições para a vida, transpondo “maneirismos engessados” da Arte, e se mostra inquietante em si própria.
Com o objetivo de propagar este campo aberto de experimentações, a Associação Cultural “O Mundo de Lygia Clark”, promove uma série de projetos, que aliam a divulgação da obra com a necessidade de expor as idéias desta “não-artista”, que atravessou as fronteiras da Arte, colocando questões vitais para a trajetória do campo artístico internacional.

Tatiana Rysevas Guerra (bolsista FAPESP)
Profa. Dra. Daisy Peccinini (orientadora)

Lygia Clark por Ferreira Gullar
“Os quadros de Lygia Clark não têm moldura de qualquer espécie, não estão separados do espaço, não são objetos fechados dentro do espaço: estão abertos para o espaço que neles penetra e neles se dá incessante e recente: tempo...” In: GULLAR, Ferreira

Segundo Ferreira Gullar, Lygia Clark iniciou em 1954 uma pesquisa que acabou, por um lado, por romper com a temática concretista e por outro, por realizá-la com mais eficiência. Os concretos queriam romper com o conceito de obra que representasse o mundo. Para isso, utilizaram a linguagem da matemática, criando uma nova realidade no quadro, e trabalharam diretamente no mundo, com o design e o urbanismo.
Mas nas suas obras ainda ficava uma questão. A tela em si, já significa um espaço de representação. Logo, o fato dos artistas trabalharem com a tela, não rompia totalmente com o conceito de obra representando o mundo. A problemática da figura-fundo ainda permanecia.
Lygia Clark passou então a construir o espaço de seus quadros. O trabalho do artista não estava mais desligado da preparação do suporte. O quadro não era mais o espaço para representar a expressão. Quadro e expressão agora se confundiam. Assim, ela eliminou o contraste entre o fundo representativo e a forma: o quadro inteiro é a forma, e está diretamente inserida no mundo, sem os limites da moldura.
Partindo desta idéia, analisemos a obra Plano em superfícies moduladas nº 2, de 1956.



Plano em superfícies moduladas nº 2 1956
Tinta industrial s/ celotex, madeira e nulac,
90,1 x 75,0 cm.
Doação MAM-SP. Acervo MAC-USP
Por um lado, a artista utilizou materiais industriais e a simplificação formal às estruturas geométricas básicas, organizadas segundo as leis da gestalt, o que nos remete à sua origem concreta. Mas foi além, construindo o próprio quadro. É formado por uma base de aglomerado de madeira, sobre a qual foi colocada uma argamassa industrial. Nesta argamassa a artista imprimiu sua composição, e fez incisões, como se estivesse recortando o quadro em pedaços. Quando a observamos ao vivo, temos esta visão de placas reunidas para formar o quadro.
Não há moldura, não há espaço pré-fabricado. A artista constrói o quadro como um todo, com elementos retirados do mundo material. E o quadro resultante também se insere no mundo material, em uma relação que busca igualar arte e vida.

Mais sobre Lygia Clark
Projeto Livro "O Mundo de Lygia Clark"

Em 2004, foi lançado o primeiro projeto editorial da Associação: o livro O Mundo de Lygia Clark, expondo com textos e imagens retirados do filme homônimo, dirigido por Eduardo Clark, em 1973, as proposições e conceitos da artista. Dividido em quinze capítulos (cada capítulo é representado por uma das obras apresentadas no filme), O Mundo de Lygia Clark apresenta as idéias da artista, que lidam com a noção de fronteira entre arte e terapia. São ilustradas as obras da artista que compõem a fase da Nostalgia do Corpo, tais como: "Rede de elástico, 1973", "Água e conchas, 1966", "Baba antropofágica, 1973" e "Viagem, 1973". A produção de um mini-CD que acompanha o livro, com uma edição de cinco minutos do filme, oferece uma rara oportunidade ao leitor que não assistiu ao filme de tomar conhecimento do universo de Lygia Clark. O livro é bilíngüe (inglês/português) e contém a transcrição completa do diálogo de Lygia Clark apresentado no filme. O projeto gráfico do livro é de Alessandra Clark, e o prefácio apresenta textos de Guy Brett e Felipe Scovino.

Projeto Lygia Clark On-Line

Criação de um portal sobre a artista, onde o internauta, de forma democrática e gratuita, encontrará todas as informações sobre sua vida e obra. Este portal terá uma atualização constante em seu conteúdo, à medida que novos artigos, imagens ou informações forem agregadas ao banco de dados da Associação. O site consistirá de: transcrição de textos manuscritos da artista, inclusive inéditos; acervo de imagens, onde o internauta “navegará” pelas esculturas, pinturas e imagens pessoais de Lygia; exposição virtual (com as principais obras de cada fase da artista, organizadas em ordem cronológica); e, acervo de vídeos. Haverá, ainda, o Fórum de Debates, no qual os visitantes do site poderão trocar informações sobre o trabalho de Lygia Clark com críticos, pesquisadores e nomes importantes da arte contemporânea brasileira, que serão convidados mensalmente pela Associação Cultural. O projeto do site é ser disponibilizado em português e inglês.

Projeto Lygia Clark nas Escolas

Através de uma apresentação expositiva e valorizando a experiência do manuseio das réplicas, bem como o incentivo à criação artística, o projeto busca uma divulgação da obra de Lygia Clark junto aos estudantes da rede pública e privada nacional, potencializando a importância da arte-educação no processo de desenvolvimento humano.
A Associação Cultural tem interesse em continuar criando, difundindo e recebendo projetos com a obra de Lygia Clark, tornando possível, desta forma, a preservação da memória da obra de Lygia Clark.
Para maiores informações entre em contato através do e-mail: projetos@lygiaclark.org.br
Lygia cria novos conceitos, como a “linha orgânica”, promove a interatividade com o público e pouco a pouco se afasta do suportes tradicionais da arte. Este conceito de participação foi o que a artista mais se aprofundou ao longo de sua trajetória artística, transformando-se numa de suas características mais marcantes, sobre a qual o cenário das artes nacional e internacional se mostram mais atentos.

Manter viva a memória de Lygia Clark assim como divulgar a sua obra é a prioridade na Associação que, desde o período de sua fundação, participou na organização de dezenas de exposições no Brasil e no exterior. Dentre elas, destacam-se:

WACK! Art and the Feminist Revolution, MOCA, Los Angeles (2007); Tropicália: a revolution in Brazilian Culture, Museum of Contemporary Art, Chicago (2005); Barbican, Londres (2006) e Bronx Museum of the Art, New York (2006/2007); Lygia Clark, da obra ao acontecimento: somos o molde, a você cabe o sopro..., Musée des Beaux-Arts, Nantes (2005) e Pinacoteca do estado de São Paulo, SP, Brasil (2006); Pulse: Art, Healing and Transformation, ICA, Boston, (2003); Brazil: Body and Soul, New York, Guggenheim Museum (2001); 7th International Istanbul Biennial – Sala especial, Istanbul (2001). Pensamento Mudo, Dan Galeria, (2004).50 Jahre/Years DOCUMENTA: 1955-2005, Kunsthalle Fridericiaum Kassel (2005). Artists' Favourites, ICA - London, (2004). Soto: a construção da imaterialidade, CCBB - RJ e BsB, Instituto Tomie Othake, MON, (2005).
Diversos textos são produzidos sobre Lygia Clark, seja uma análise sobre uma fase, seja uma densa investigação sobre da sua trajetória. Portanto, todo esse material de pesquisa é importante para a difusão da memória de Lygia Clark.

Para que possamos manter as nossas atividades de pesquisa e preservação da obra, bem como o funcionamento administrativo da Associação Cultural, são cobradas taxas, para o uso de direitos de imagem, de instituições que procuram a Associação com o interesse em divulgar a obra da artista, por meio de projetos com fins comerciais.

Todas as editoras e Museus que procuram a Associação, para uso de direito de imagem de Lygia Clark, são convidadas a disponibilizar exemplares destes livros para a nossa biblioteca. Desta forma, podemos atender mais adequadamente os pesquisadores que nos procuram. Selecionamos algumas publicações que tiveram o apoio da Associação Cultural para a sua edição:
PRATES, Valquíria; SANT’ANA, Renata. Lygia Clark: linhas vivas. São Paulo: Paulinas, 2006. FERREIRA, Gloria; COTRIM, Cecília (org.). Escritos de artistas: anos 60/70. Rio de janeiro: Jorge Zahar, 2006. FARINA, Cyntia. Arte, cuerpo y subjetividad: estética de la formación y pedagogía de las afecciones. Tese de Doutorado. Universidade de Barcelona, 2005. GUIGON, Emmanuel; PIERRE, Arnauld. L`oeil moteur: art optique et cinétique, 1950-1975. Strasbourg: Musée d`Art moderne et contemporain, 2005. DE SALVO, Donna. Open systems: rethinking Art, c.1970. Londres: Tate, 2005. HOFFMANN, Jens; JONAS, Joan. Perform. Londres: Thames & Hudson, 2005. BRETT, Guy. Carnival of perception: selected writings on art. Londres: InIVA, 2004. 100 Brasileiros. Editado pela Secretaria de Comunicação do Governo Federal, 2004. RAMIREZ, Mari Carmen; OLEA, Hector. Inverted Utopias: Avant-garde art in Latin America. Houston: Museum of Fine Arts, 2004. BOIS, Yve-Alain; KRAUSS, Rosalind et al. Art since 1900: modernism, antimodernism and postmodernism. Londres: Thames e Hudson, 2004. SUZUKI, Katsuo. Brazil: Body Nostalgia. Tóquio: The National Museum of Modern Art, Tokyo, 2004. GROSENICK, Uta. Women artists, Mujeres arttistas de los siglos XX y XXI. Colonia: Taschen, 2001.
Além desses títulos, muitos outros são publicados com a colaboração da Associação Cultural "O Mundo de Lygia Clark". Para maiores informações sobre o uso de imagem da obra de Lygia Clark, entrar em contato: felipe.scovino@lygiaclark.org.br
Associação Cultural "O Mundo de Lygia Clark"

Praça Olavo Bilac, n° 28, conjunto 1808, Centro.
Cep.: 20041-010
Rio de Janeiro - Brasil
E-mail: colaboradores@lygiaclark.org.br
Telefax: 55 21 2531-8137
Desde o seu início, em 2001, a certificação de obras de Lygia Clark é uma atividade necessária para o cadastro, pesquisa e divulgação da obra da artista. Além disso, é uma garantia de segurança e uma certeza, indubitável, sobre a origem e a autenticidade da obra para o seu colecionador.

A Associação Cultural "O Mundo de Lygia Clark" oferece gratuitamente, com prazo até outubro de 2007, a certificação de obras. O processo é feito com a avaliação dos documentos entregues pelo proprietário a respeito da origem, histórico de compra da obra, condition report, dados da obra e do proprietário, além de um termo jurídico, no qual a Associação Cultural não será responsabilizada pelo proponente caso a obra não seja autêntica. O processo de certificação de autenticidade ainda enfrenta uma grande dificuldade visto que, grande parte das obras de Lygia Clark não possui assinatura.

A análise do processo de certificação é baseada em documentos de titularidade das obras, escritos de próprio punho pela artista. Caso a obra não seja identificada nestas listas, solicitamos ao proprietário que a obra seja enviada a um profissional qualificado para que sejam feitos os testes competentes à área de Química e identificação de materiais de época.
Atualmente, a Associação possui 526 obras certificadas, tornando o seu banco de dados, um instrumento de segurança para a realização de exposições.

Portanto, contamos com o apoio de todos os colecionadores de obras de Lygia Clark para que possamos identificar, certificar e divulgar a obra de uma das artistas mais importantes da História da Arte. Lygia Clark é um patrimônio da cultura brasileira e pedimos a sua colaboração para que continuemos a contribuir para a preservação e valorização da arte brasileira. Entre em contato conosco pelo e-mail: certificacao@lygiaclark.org.br

Imagens de Lygia Clark





























































A obra “Bichos” de Lygia Clark





“Plano em superfície nº5”


“A obra superfície modulada nº1”


Máscaras Sensoriais,1967


Eu e Tu, 1967


“Água e Conchas”