sábado, 1 de novembro de 2008

Aonde?


Ando a chamar por ti, demente, alucinada,
Aonde estás, amor? Aonde… aonde… aonde?…
O eco ao pé de mim segreda… desgraçada…
E só a voz do eco, irônica, responde!
Estendo os braços meus! Chamo por ti ainda!
O vento, aos meus ouvidos, soluça a murmurar;
Parece a tua voz, a tua voz tão linda
Cantando como um rio banhado de luar!
Eu grito a minha dor, a minha dor intensa!
Esta saudade enorme, esta saudade imensa!
E Só a voz do eco à minha voz responde…
Em gritos, a chorar, soluço o nome teu
E grito ao mar, à terra, ao puro azul do céu:
Aonde estás, amor? Aonde… aonde… aonde?…
Florbela Espanca

Numa reflexão ao poema Aonde?
Escrevi...
Aonde estás?



Nestes belos versos que leio
Identifico a mesma dor
Na tristeza e saudades que sinto
Pela ausência do meu grande amor.

Cada frase toca minha alma
Em pranto tento escrever
O que sinto neste momento
A dor que consome o meu viver!

Como Florbela grito teu nome
E só o eco irônico faz responder!
Ouço tua voz tão linda
Que jamais poderei esquecer...


Aonde? Aonde estás amor?
Eu também preciso saber!!!


Leila Salles